O impacto da Covid-19 no rastreio de câncer de colo uterino
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevjhv2n4-005Palavras-chave:
Rastreamento, Saúde pública, Saúde da mulher, Saúde da mulher.Resumo
A pandemia ocasionada pelo vírus SARS-Cov-19 foi declarada em março de 2020, criando vários efeitos na prestação de serviços da saúde e na sociedade. Na Atenção Primária à Saúde houve interrupção da oferta de programas preventivos, entre os quais o de rastreio de câncer de colo de útero. Estudos realizados em 2019 e 2020 revelam redução próxima de 67% em determinadas regiões do Brasil. Objetivos: Analisar o impacto da pandemia do COVID- 19 na coleta de exame citopatológico da Estratégia de Saúde da Família Jackson Roberto Carl, de Blumenau-SC nos anos de 2020 e 2021. Metodologia: Para verificar o impacto da pandemia COVID-19 foi realizada a contabilização e análise descritiva dos exames citopatológicos realizados entre 30/01/2018 e 07/12/2021 quanto ao número de exames por ano de coleta, tendo como base os registros físicos da ESF. Resultados: No período de 2018 a 2021 foram coletados 587 exames citopatológicos. No ano de 2019, no pré-pandemia, tivemos o maior número de rastreios realizados, totalizando 210. Comparando-se 2019 e 2020 (primeiro ano de vigência da pandemia da COVID-19) foi observada um importante queda das coletas de 210 para 20, respectivamente, representando uma queda de aproximadamente 90%. Em 2021 ocorreram 168 coletas deste exame, o que representa o retorno desta ação preventiva. Conclusão: A relevante queda na realização de exames citopatológicos impostas pelas medidas sanitárias restritivas de distanciamento social em 2020 remete a necessidade de busca ativa das mulheres do grupo de rastreio com a finalidade de reaver esta perda de cobertura.