Perfil clínico-epidemiológico da transmissão vertical da sífilis em um hospital de referência do estado de Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevjhv2n5-008Palavras-chave:
Sífilis, Gestação, Transmissão, Congênita.Resumo
Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum que é transmitida pelo contato sexual ou transmissão vertical durante a gravidez. Quando não tratada em gestantes pode ocasionar diversos danos fetais e congênitos que podem cursar com quadros clínicos graves. No Brasil, a incidência de sífilis em gestantes cresceu na última década e, consequentemente, a incidência de sífilis congênita. Desse modo, para diminuir o número de casos de sífilis congênita são imprescindíveis a triagem pré-natal e o tratamento correto da sífilis nas gestantes e nos seus parceiros sexuais para evitar possíveis reinfecções. Diante desse cenário, o estudo avalia o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis na gravidez e, paralelamente, sífilis congênita em um município do nordeste brasileiro. Metodologia: Caráter retrospectivo, epidemiológico, descritivo, transversal de abordagem quantitativa do tipo documental. Para a definição do universo populacional, foi realizado um levantamento dos casos de sífilis registrados em prontuários de gestantes atendidas em uma maternidade de referência no estado de Alagoas, no período de 2015 a 2019. Resultados: Foram notificadas 216 gestantes com diagnóstico de sífilis gestacional dentro do período de tempo estudando e 171 casos de sífilis congênita notificados no mesmo período; o que demonstra uma taxa de transmissão vertical de 79,1%. Além disso, notou-se a ineficácia das políticas de saúde, visto que mesmo com 63,8% das gestantes realizando o pré-natal, apenas 1,85% realizou o tratamento completo. Conclusões: as ações de saúde devem aprimorar os métodos de abordagem da população em termos de prevenção e/ou adesão ao tratamento para controle e prevenção de novos casos.