A RELAÇÃO ENTRE ESPORTES DE ALTO RENDIMENTO E LESÕES DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Este artigo investiga a relação entre esportes de alto rendimento e as lesões do Ligamento Cruzado Anterior (LCA). A elevada incidência dessas lesões, especialmente em modalidades que envolvem mudanças rápidas de direção, evidencia a necessidade de compreender seus mecanismos, fatores de risco e estratégias de prevenção. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de compreender os principais fatores de risco, consequências clínicas e estratégias de prevenção relacionadas às lesões do LCA. Foram analisados artigos publicados entre 2020 e 2025, selecionados nas bases PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, oito estudos relevantes foram examinados. Os resultados indicam que a maioria das lesões do LCA ocorre sem contato direto, sendo atribuídas a fatores biomecânicos e neurocognitivos, como aterrissagens incorretas, flexão inadequada do quadril e distrações cognitivas durante o jogo. Casos específicos revelam que, no badminton, o salto em tesoura é frequentemente associado à lesão; no rúgbi, 75% das rupturas ocorrem nos primeiros 40 minutos de jogo; e na WNBA, o tempo médio de retorno após a lesão é de 375 dias. Além disso, estudos genéticos sugerem a possível influência de loci como o COL22A1 na suscetibilidade às rupturas. As lesões do LCA têm impacto significativo na carreira esportiva e na qualidade de vida dos atletas, acarretando afastamentos prolongados e elevado risco de recidiva. Diante disso, reforça-se a importância da adoção de programas de prevenção com foco em fortalecimento muscular, controle neuromotor e reeducação dos movimentos, como forma de preservar o desempenho e a saúde dos atletas de alto rendimento