PAPEL DOS ANTROPOLOGISTAS FORENSES: UMA REVISÃO DA SITUAÇÃO DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevjhv4n5-001Palavras-chave:
Antropologia Forense, Papel (Figurativo), Desastre de Massa, Identificação de Vítimas, BrasilResumo
A antropologia forense tem passado por um processo de ganho de importância no Brasil, por exemplo, no contexto de desastres de massa, de pessoas desaparecidas e de investigações criminais. Um dos alicerces do papel do antropologista forense é a identificação, o Brasil não foge dessa regra. Em diferentes localidades no globo terrestre, vem sendo estudado o papel do antropologista forense em sua localidade, como na Tailândia e na Austrália. Nesse contexto, esse manuscrito científico se propõe a analisar o papel do antropologista forense no Brasil, com o objetivo de descrever os principais papéis da profissão no território brasileiro, tornando mais claro similaridades e divergências da profissão em comparação a outros países. O presente estudo se propõe a ser uma revisão de literatura sistemática e integrativa seguida a partir de protocolo próprio pré-estabelecido. Pesquisou-se nas bases de dados PubMed (MEDLINE) e LILACS complementada por meio de pesquisa complementar. Encontrou-se a partir dessas buscas no PubMed e na LILACS um número (n) inicial de 104 estudos. Retirada duplicatas, ficou-se com 99 estudos. Após leitura de títulos e resumos, excluiu-se 85 estudos, restando 14 artigos para leitura completa. Por fim, excluiu-se 13 estudos, sobrando 1 artigo, com a busca complementar, incluiu-se mais 5 estudos pertinentes, obtendo um somatório de “n” final de 6. A partir dos resultados combinadas com a discussão, foi possível notar que os antropologistas forenses no Brasil desempenham papéis essenciais na identificação de pessoas desaparecidas, tanto em contextos criminais quanto de desastres de massa. Nota-se um crescente ganho de relevância da área no Brasil, mas ainda com desafios estruturais. Considera-se que são necessários mais investimentos para manter a crescente e superar os desafios ainda existentes quanto a infraestrutura da antropologia forense no Brasil. Os resultados desse estudo devem ser interpretados à luz de suas limitações, o que inclui a não realização de análise de qualidade e o não pareamento da análise. Há necessidade de novas revisões sistemáticas sobre o tema, considerando uma abordagem de revisão pareada e com análise de qualidade a fim de maior rigidez científica e qualidade na síntese das evidências.
Referências
Jayakrishnan, J. M., Reddy, J., & Vinod Kumar, R. B. (2021). Role of forensic odontology and anthropology in the identification of human remains. Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, 25(3), 543–547. https://doi.org/10.4103/jomfp.JOMFP_160_20
United Nations International Strategy for Disaster Reduction. (2018). United Nations International Strategy for Disaster Reduction. United Nations.
De Boer, H. H., Blau, S., Delabarde, T., & Hackman, L. (2019). The role of forensic anthropology in disaster victim identification (DVI): Recent developments and future prospects. Forensic Sciences Research, 4(4), 303–315. https://doi.org/10.1080/20961790.2018.1509182
Wiersema, J. M., & Woody, A. (2016). The forensic anthropologist in the mass fatality context. Academic Forensic Pathology, 6(3), 455–462. https://doi.org/10.23907/2016.046
Traithepchanapai, P., Mahakkanukrauh, P., & Kranioti, E. F. (2016). History, research and practice of forensic anthropology in Thailand. Forensic Science International, 261, 167.e1–167.e6. https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2016.02.018
Siebke, I., Campana, L., & Lösch, S. (2023). Awareness of forensic anthropology in Switzerland: A survey among forensic practitioners, police, and prosecutors. International Journal of Legal Medicine. Advance online publication. https://doi.org/10.1007/s00414-023-03119-7
Ranson, D. L., & Bugeja, L. (2017). Medicolegal death investigation: Coroner and forensic pathology functions and processes in Victoria, Australia. Academic Forensic Pathology, 7(4), 567–581. https://doi.org/10.23907/2017.047
Wiersema, J. M. (2016). Evolution of forensic anthropological methods of identification. Academic Forensic Pathology, 6(3), 361–369. https://doi.org/10.23907/2016.037
Brito, A. C., Oliveira, R. N., & Silva, R. H. A. (2024). Reconstrução facial na antropologia forense no Brasil sob a perspectiva da medicina legal. Revista Brasileira de Criminalística, 13(1), 135–142. https://doi.org/10.15260/rbc.v13i1.135
Rocha, L. C. (2021). As tragédias de Mariana e Brumadinho. Caderno de Geografia, 31(1), 184. https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2021v31nesp1p184
Calmon, M. (2019). Forensic anthropology and missing persons: A Brazilian perspective. Forensic Science International, 298, 425.e1–425.e6. https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2019.03.045
Cunha, E. (2019). Devolvendo a identidade: A antropologia forense no Brasil. Ciência e Cultura, 71(2), 30–34. https://doi.org/10.21800/2317-66602019000200009
Silva, M. A. M. (2016). Ossos do ofício: Estudo acerca da antropologia forense no estado do Pará entre 1999 e 2015 [Master's dissertation, Universidade Federal do Pará]. Repositório Institucional da UFPA. http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8765
Garcia, P. (2020). O papel da antropologia forense na identificação da população brasileira. Identidades Brasileiras - Unifesp EntreTeses, 66–69. https://doi.org/10.29397/entreteses.v1i1.123
De Boer, H. H., Obertová, Z., Cunha, E., Adalian, P., Baccino, E., Fracasso, T., Kranioti, E., Lefèvre, P., Lynnerup, N., Petaros, A., Ross, A., Steyn, M., & Cattaneo, C. (2020). Strengthening the role of forensic anthropology in personal identification: Position statement by the Board of the Forensic Anthropology Society of Europe (FASE). Forensic Science International, 315, 110456. https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2020.110456
Pilli, E. (2022). Role of the molecular anthropologist in the forensic context. In Springer eBooks (pp. 375–394). Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-030-87383-7_20