UBERIZAÇÃO LABORAL: NAVEGANDO DA INSTABILIDADE ÀS OPORTUNIDADES NA ERA DIGITAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevmjv4n4-007Palavras-chave:
Uberização, Economia do Compartilhamento, Precarização, Era digitalResumo
Investigamos os mercados de trabalho online por meio de uma revisão da literatura e uma análise qualitativa de conteúdo, utilizando um conjunto diversificado de estudos sobre a uberização como base. Nosso objetivo foi analisar e sistematizar as características do trabalho em plataformas, respondendo a perguntas específicas: Quais áreas de conhecimento estão explorando o processo de uberização? Quais são as principais atividades profissionais envolvidas? Quais são os principais impactos gerados? A pesquisa foi conduzida no Portal de Periódicos da Capes, por meio do Index (Web of Science), abrangendo artigos nacionais e internacionais publicados de janeiro de 2019 a outubro de 2023. Os resultados indicam que a uberização é tema de discussão em diversas áreas de conhecimento, com ênfase nas áreas de economia e sociologia. No contexto econômico, diversas terminologias são utilizadas, como "economia de compartilhamento", "economia colaborativa", "consumo colaborativo", "economia peer-to-peer", "economia sob demanda" e "gig economy". Esse modelo online está impactando variados setores econômicos, estimulando investimentos e reconfigurando a competitividade. Na esfera sociológica, ligada às ciências humanas, a análise aborda a evolução histórica do neoliberalismo, culminando na era da indústria 4.0 e na uberização do trabalho. Conceitos como precariedade, dignidade, evolução do trabalho, futuro do trabalho, flexibilização e exploração dos trabalhadores. A uberização está se estendendo por diversas categorias profissionais, incluindo motoristas de aplicativos, profissionais da educação, policiais, médicos, advogados, recrutadores e coaches, apresentando impactos tanto positivos quanto negativos das plataformas digitais. Concluímos que a regulamentação urgente dos serviços online, dos entregadores por aplicativos e de outras profissões é necessária para garantir direitos trabalhistas, segurança no trabalho e condições dignas. O avanço tecnológico, por sua vez, evidencia ser excludente para a maioria dos jovens de baixa renda, ressaltando a urgência de políticas públicas de inclusão digital desde a educação básica. As novas condições de trabalho demandarão a aquisição de competências profissionais alinhadas às novas tecnologias, enquanto uma regulamentação atualizada será essencial para assegurar investimentos, a geração de empregos e oportunidades de trabalho protegido.
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