OBSTETRIC VIOLENCE AND MATERNAL MORTALITY AMONG BLACK WOMEN

Authors

  • Beatriz Ximenes Gonçalves
  • Maria Suely Araújo Silveira

DOI:

https://doi.org/10.56238/isevmjv4n6-008

Keywords:

Obstetric Violence, Institutional Racism, Women’s Health, Humanized Childbirth, Racial Equity, Reproductive Rights

Abstract

The present study focused on analyzing obstetric violence in Brazil, understood as a structural manifestation of the historical inequalities of gender, race, and social class. It sought to understand how institutional racism and the authoritarian biomedical model affect Black women more intensely during the pregnancy–puerperal cycle. The research was conducted through a qualitative literature review based on academic studies and institutional reports that address the topic from the perspective of public health, human rights, and racial equity. The theoretical analysis showed that obstetric violence transcends the individual actions of health professionals, constituting an institutionalized practice that naturalizes the pain and suffering of women—especially Black women—historically marginalized by structural racism. It was also verified that the lack of effective public policies and anti-racist training for health professionals contributes to the perpetuation of discriminatory and dehumanizing practices in obstetric care. As a result, maternal mortality among Black women is significantly higher, highlighting the urgency of intersectoral policies that integrate the dimensions of race, gender, and social class into public health actions. It is concluded that confronting obstetric violence requires an intersectional and transformative approach centered on the humanization of childbirth, ethical and anti-racist professional training, and the consolidation of institutional practices that ensure women’s right to safe, dignified, and respectful maternity.

References

Aguiar, J. M. M. de, & D’Oliveira, A. F. P. L. (2011). Violência institucional em maternidades públicas sob a ótica das usuárias. Revista de Saúde Pública, 45(4), 760–767. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000400015

Assis, J. F. de. (2018). Interseccionalidade, racismo institucional e direitos humanos: Compreensões à violência obstétrica. Serviço Social & Sociedade, (133), 547–565.

Brasil. Ministério da Saúde. (2023). Painel de monitoramento da mortalidade materna. https://www.gov.br/saude

Brasil. Ministério da Saúde. (2025). Relatório da Oficina Morte Materna das Mulheres Negras no Contexto do SUS. Ministério da Saúde.

Corrêa, A. P. D. (2022). Atenção ao parto e nascimento em Manaus: Um olhar para as denúncias de violência obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista [Tesis de maestría o trabajo final no especificado].

Corrêa, A. P. D., & Torres, I. C. (2021). Violência obstétrica: Expressão da questão social posta ao trabalho do assistente social. Argumentum, 13(3), 90–102.

Da Silveira, N. O., Da Silva Moreira, I., & Mattar, J. B. L. (2025). A mortalidade materna de mulheres negras diante a violência institucional no âmbito da política de saúde no Brasil. Revista Delos, 18(70), Article e6302.

De Aguiar Rodrigues, D., & et al. (2025). Violência obstétrica como expressão da violência institucional: Análise de narrativas femininas. Revista Foco, 18(6), Article e8836.

De Castilhos, B. das V. (2022). A violência obstétrica em mulheres negras: Uma análise sob a perspectiva de gênero e do racismo institucional [Trabajo de conclusión o tesis no especificado].

De Lima, T. M. M. (s. f.). “Tem cor, tem corte, e a história do meu lugar”: A interseccionalidade.

Diniz, C. S. G. (2005). Humanização da assistência ao parto no Brasil: Os muitos sentidos de um movimento. Ciência & Saúde Coletiva, 10(3), 627–637. https://doi.org/10.1590/S1413-81232005000300019

Góes, E. F. (2020). Discriminação interseccional: Racismo institucional e violência obstétrica [Trabajo no especificado].

Góes, E. F., Ferreira, A. J. F., & Ramos, D. (2023). Racismo antinegro e morte materna por COVID-19: O que vimos na pandemia? Ciência & Saúde Co Coletiva, 28(8), 2501–2510.

Leal, M. do C., & et al. (2017). A cor da dor: Iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 33(Supl. 1), Article e00078816. https://doi.org/10.1590/0102-311X00078816

Leal, R. M., & Tavares, I. (2019). Como os direitos humanos influenciam positivamente no diálogo entre as diferentes igrejas cristãs da região metropolitana do Recife. En Direitos humanos: Desafios do diálogo democrático na construção da cidadania.

Maia, M. B. (2008). Humanização do parto: Política pública, comportamento organizacional e ethos profissional na rede hospitalar pública e privada de Belo Horizonte [Tesis doctoral]. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Maia, M. B. (2010). Humanização do parto: Política pública, comportamento organizacional e ethos profissional. Editora Fiocruz.

Medeiros, R. de C. da S., & Nascimento, E. G. C. do. (2022). “Na hora de fazer não chorou”: A violência obstétrica e suas expressões. Revista Estudos Feministas, 30(3), Article e71008.

Miranda, V. T. S., & et al. (2025). A violência obstétrica, o racismo e sua consequência na vida da mulher negra. Research, Society and Development, 14(4), Article e1814448513.

Nagahama, E. E. I., & Santiago, S. M. (2008). Humanização e equidade na atenção ao parto em município da região Sul do Brasil. Acta Paulista de Enfermagem, 21(4), 609–615.

Oliveira, B. M. C., & Kubiak, F. (2019). Racismo institucional e a saúde da mulher negra: Uma análise da produção científica brasileira. Saúde em Debate, 43(121), 939–948.

Rohde, A. M. B. (2016). A outra dor do parto: Género, relações de poder e violência obstétrica na assistência hospitalar ao parto [Dissertação de mestrado]. Universidade NOVA de Lisboa.

Santana, A. T. de, & et al. (2024). Racismo obstétrico, um debate em construção no Brasil: Percepções de mulheres negras sobre a violência obstétrica. Ciência & Saúde Coletiva, 29(5), Article e09952023.

Silva, R. R. J., & et al. (2025). Saúde da mulher negra no pós-parto: Questões de equidade e cuidado humanizado em saúde. Lumen et Virtus, 16(45), 793–801.

Vasconcelos, D. B. O. (2024). A violência obstétrica no Brasil como reflexo das desigualdades de gênero e raça: Uma análise dos direitos da parturiente [Trabajo de conclusión o tesis no especificado].

Zanatta, S. A. D. (2024). Reflexos do racismo institucional na mortalidade materna no país. Anais do Seminário Internacional em Direitos Humanos e Sociedade, 6.

Downloads

Published

2025-11-25

How to Cite

OBSTETRIC VIOLENCE AND MATERNAL MORTALITY AMONG BLACK WOMEN. (2025). International Seven Journal of Multidisciplinary, 4(6), e8577. https://doi.org/10.56238/isevmjv4n6-008