GÊNERO E VULNERABILIDADES NA ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE COMPARATIVA DE INDICADORES DE SAÚDE E EDUCAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DE FORTALEZA (2009–2019)
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevmjv4n3-017Palabras clave:
Adolescência, Gênero, Saúde escolar, Políticas públicas, FortalezaResumen
Este estudo analisou comparativamente, por sexo, a evolução temporal dos indicadores das áreas temáticas comportamento violento, exposição à violência, saúde mental, acesso a serviços e ambiente escolar entre adolescentes de Fortaleza, de 2009 a 2019, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Utilizou-se abordagem quantitativa, com análise de proporções e testes de tendência linear (p<0,05). Entre os meninos, a iniciação sexual precoce caiu de 36,5% para 29,8% (-18,3%), e entre as meninas, de 16,8% para 14,6% (-13,1%). O uso de preservativos caiu em ambos os sexos: meninos (-11,0%) e meninas (-11,7%). O envolvimento em brigas físicas também teve redução (meninos -13,7%; meninas -16,7%). A saúde mental mostrou deterioração, com crescimento de relatos de solidão (meninos +40,2%; meninas +26,4%). A procura por serviços de saúde aumentou, sobretudo entre os meninos (+13,6%). A orientação sobre sexualidade na escola cresceu em ambos os grupos, com prevalência maior entre as meninas. Conclui-se que os meninos apresentam mais comportamentos de risco, enquanto as meninas demonstram maior sofrimento emocional. Os dados indicam avanços nas políticas educativas, mas também apontam a necessidade urgente de estratégias mais sensíveis às diferenças de gênero. Políticas intersetoriais como o Programa Saúde na Escola devem ser reforçadas e adaptadas às especificidades dos grupos. O monitoramento contínuo desses indicadores é essencial para orientar ações mais eficazes.
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