A economia circular na construção civil: desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevmjv3n4-023Palavras-chave:
Economia Circular, Construção Civil, Sustentabilidade, Resíduos, InovaçãoResumo
O presente trabalho teve como objetivo analisar a economia circular aplicada à construção civil, destacando os principais fundamentos teóricos, os desafios enfrentados no Brasil e as oportunidades que podem impulsionar o desenvolvimento sustentável do setor. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa de literatura, contemplando artigos científicos, relatórios técnicos e documentos normativos publicados nos últimos dez anos, com ênfase em estudos que abordassem práticas de reaproveitamento de resíduos, design para desmontagem e gestão sustentável de materiais. A metodologia qualitativa permitiu organizar o conteúdo em categorias temáticas que compreenderam os conceitos centrais da economia circular, as barreiras econômicas, tecnológicas e culturais que dificultam sua adoção em larga escala e as estratégias que podem contribuir para consolidar modelos de produção mais eficientes e alinhados aos compromissos ambientais. Entre os principais resultados, constatou-se que a ausência de infraestrutura adequada, a falta de regulamentações específicas e o baixo nível de conscientização do mercado consumidor permanecem como fatores limitantes. Por outro lado, verificou-se que experiências pontuais de sucesso, principalmente em grandes centros urbanos, demonstram o potencial de redução de impactos ambientais e de geração de valor econômico associado à circularidade. O estudo reforça a necessidade de políticas públicas que combinem incentivos financeiros, normas técnicas claras e ações de capacitação profissional, além de destacar a importância de uma estratégia nacional articulada que estabeleça metas e indicadores de desempenho. Conclui-se que a economia circular representa uma oportunidade concreta de transformar a construção civil brasileira em direção a práticas mais responsáveis e inovadoras, desde que sejam superadas as limitações estruturais que ainda restringem seu avanço.
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