SEDAÇÃO PALIATIVA: UMA REVISÃO NARRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/10.56238/rcsv15n11-001Palavras-chave:
Sedação Consciente, Cuidados Paliativos, Assistência TerminalResumo
INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional no mundo traz consigo desafios relacionados ao manejo da saúde da população com Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. É preciso viver e morrer com dignidade. O avanço do processo de doença pode causar sintomas refratários que causam sofrimento físico, psíquico e existencial. Diante dessa problemática encontramos nos Cuidados Paliativos formas de promover um cuidado digno. A Sedação paliativa (SP) é a utilização de fármacos sedativos de forma monitorada com o objetivo de aliviar sintomas refratários de ordem física, espiritual e/ou psicossocial em pacientes em terminalidade com doenças avançadas. O objetivo é o conforto e não abreviar a vida. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão narrativa sobre a prática da sedação paliativa. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa na vase de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e na SciElo, utilizando os Descritores em Saúde: Sedação Consciente, Cuidados Paliativos e Assistência Terminal e o operador booleano And. Os critérios de inclusão: disponíveis na íntegra, em inglês, português e espanhol. Exclusão: duplicados e publicações superiores há 5 anos. RESULTADOS: Selecionamos 12 estudos que foram categorizados. DISCUSSÃO: Os autores de forma unanime indicam a SP diante de sintomas refratários, alguns sugerem a terapêutica diante do sofrimento existencial. Questões éticas são inerentes a prática. A percepção dos profissionais da saúde sobre a SP pode estar impregnada por suas vivências pessoais e a religiosidade, ou, ainda atribuem a SP a uma “partida precoce”. A falta de conhecimento para indicação e manejo da terapêutica aparecem como evidência. Conceitos de sedação leve, profunda, contínua e intermitente são evidenciadas na literatura. A relevância da comunicação efetiva com o paciente, família e equipe de saúde é uma estratégia indispensável. CONCLUSÃO: A temática requer mais estudos para uma prática baseada em evidências. Fica evidente a indicação da terapêutica no manejo de sintomas refratários, a necessidade de comunicação efetiva no processo e o manejo seguro.
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