As reformas educacionais e a “nova morfologia” para o trabalho: Destacando a área das ciências humanas e sociais aplicadas
Palavras-chave:
Reformas Educacionais, BNCC, Novo Ensino Médio, Ciências HumanasResumo
O artigo analisa as reformas educacionais no Brasil, com ênfase na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Novo Ensino Médio, sob a perspectiva da crítica marxista. As mudanças curriculares, especialmente na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, são vistas como instrumentos de adequação da educação aos interesses mercadológicos do capital, promovendo a secundarização do conhecimento e a fragmentação do saber emancipador. A BNCC, ao priorizar competências básicas e itinerários formativos, limita o acesso a conteúdos históricos e sociais essenciais à formação da classe trabalhadora, contribuindo para sua alienação e passividade frente à lógica capitalista. A pesquisa, fundamentada em autores como Marx, Lukács e Mészáros, destaca que a educação, atrelada ao trabalho, é moldada para atender às demandas do mercado, esvaziando o potencial transformador da educação. Conclui-se que as reformas reforçam a crise estrutural do capital, promovendo uma educação minimalista que dificulta a compreensão crítica da realidade pelos jovens, perpetuando desigualdades e limitando a emancipação.