A inclusão social e o processo de aprendizagem das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Educação Infantil
Palavras-chave:
Protagonismo Infantil, Educação Infantil, Berçário, Maternal, Desenvolvimento IntegralResumo
O artigo discute o protagonismo da criança na Educação Infantil, com foco nas etapas do berçário ao maternal, analisando como as práticas pedagógicas podem favorecer a atuação ativa e autônoma da criança no cotidiano escolar. O objetivo do estudo é compreender, com base em referenciais teóricos, os caminhos possíveis para o reconhecimento da criança como sujeito de direitos, capaz de participar, interagir, decidir e construir saberes desde seus primeiros anos de vida. A pesquisa, de caráter bibliográfico e abordagem qualitativa, fundamenta-se em obras acadêmicas, artigos científicos e documentos normativos sobre desenvolvimento infantil, práticas pedagógicas e políticas públicas voltadas à infância. A análise do material selecionado permitiu identificar aspectos fundamentais para a promoção do protagonismo infantil, entre os quais se destacam a escuta sensível do educador, a organização intencional dos espaços e materiais, a valorização do brincar como linguagem própria da infância, a flexibilidade na rotina e a construção de vínculos afetivos que garantam segurança emocional e liberdade de expressão. Observou-se que, quando a criança é reconhecida como protagonista, a prática pedagógica torna-se mais democrática, significativa e coerente com os princípios da Educação Infantil contemporânea. Os resultados indicam que as instituições que investem na formação dos profissionais, na participação das famílias e na construção de ambientes inclusivos criam condições favoráveis para o exercício do protagonismo infantil, promovendo o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos, cognitivos, afetivos e sociais. Conclui-se que o reconhecimento do protagonismo da criança, desde o berçário até o maternal, representa um compromisso ético e pedagógico com a construção de uma educação de qualidade, voltada ao respeito, à escuta e à valorização da infância como tempo de direito, experiência e potência.
