Encéfalo: Da antiguidade à neurociência contemporânea
Palavras-chave:
Encéfalo, Neurociência, História, ConhecimentoResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma análise histórica e conceitual sobre o encéfalo, compreendendo sua estrutura anatômica e a evolução do conhecimento acerca de suas funções ao longo dos séculos. Partindo da diferenciação terminológica entre encéfalo e cérebro, busca-se destacar a importância de reconhecer a complexidade do sistema nervoso central como um todo, incluindo o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. O estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, que investigou diferentes períodos históricos, desde os registros mais antigos até os avanços contemporâneos da neurociência. A investigação percorre desde as práticas rudimentares das civilizações antigas, como as trepanações, até as primeiras descrições anatômicas registradas no Egito. Em seguida, são abordadas as contribuições filosóficas e científicas da Grécia e Roma Antigas, os entraves impostos pela Idade Média, e os avanços proporcionados pelo Renascimento e pela Idade Moderna, culminando nas discussões atuais sobre o funcionamento encefálico. A análise aponta para a construção progressiva e muitas vezes não linear do saber sobre o encéfalo, demonstrando como fatores culturais, religiosos e filosóficos influenciaram a forma como o corpo humano foi estudado ao longo do tempo. Conclui-se que o estudo do encéfalo é também uma tentativa de compreender a própria condição humana, exigindo uma abordagem multidisciplinar, sensível à complexidade do objeto investigado. A trajetória percorrida reafirma o encéfalo como centro integrador da vida sensível, motora e cognitiva.