Interfaces cérebro-computador e neurotecnologia
Palavras-chave:
Interfaces Cérebro-computador, Neurotecnologia, Neurociência, Inteligência ArtificialResumo
Nas últimas décadas, o progresso na tecnologia resultou na criação de uma nova fronteira entre biologia e engenharia: as interfaces cérebro-computador (ICC), ou brain-computer interfaces (BCI). Esses sistemas possibilitam uma comunicação direta entre o cérebro humano e aparelhos externos, dispensando a intermediação muscular. A neurotecnologia, um campo que une neurociência, engenharia, ciência da computação e inteligência artificial, tem ampliado as capacidades das ICC com aplicações promissoras, principalmente na medicina. Entretanto, apesar dos progressos já realizados, existem desafios relevantes, como a imprecisão dos sinais coletados, a complexidade do processamento neural e as dificuldades de acessibilidade. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar um panorama atual das ICC e da neurotecnologia. Conclui-se que, ao facilitar a comunicação direta entre o cérebro humano e sistemas computacionais, essas inovações inauguram uma nova era de oportunidades terapêuticas, funcionais e cognitivas. Desde o seu desenvolvimento teórico até as atuais implementações clínicas e experimentais, as ICC têm se revelado ferramentas de imenso valor para a recuperação de pacientes, o suporte a indivíduos com deficiência e a busca por novas formas de interação com o universo digital. O progresso nas técnicas de captação de sinais cerebrais, o aprimoramento dos algoritmos de decodificação e a melhoria dos dispositivos físicos têm permitido uma conexão cada vez mais precisa entre mente e máquina, estabelecendo esse campo como um núcleo estratégico para a inovação científica e tecnológica.