O niilismo amazônico: Nietzsche, Freud e Dalcídio Jurandir

Autores

  • Oclécio das Chagas Lacerda

Palavras-chave:

Niilismo, “Morte de Deus”, Amazônia, Belém

Resumo

Propõe-se, neste artigo, analisar o romance Belém do Grão Pará, de Dalcídio Jurandir, em que são narradas as primeiras experiências de Alfredo na cidade, especialmente aquelas que despertam o deslumbramento seguido pelo sentimento de desamparo. Este conflito de sentimentos contraditórios é interpretado como uma experiência niilista.  Entende-se este tipo de niilismo, vivenciado pelos personagens literários de Jurandir, como “sintoma” da negação dos valores coloniais. De acordo com a análise filosófica desses personagens, o niilismo pode ser compreendido como um fenômeno epidêmico de origem europeia, descrito por Nietzsche, na sua metáfora da “morte de Deus”, mas foi transmitido aos habitantes da Amazônia, a partir do processo de descolonização, que se inicia na passagem do século XIX para o século XX. E, o epicentro de seu desenvolvimento é a moderna cidade de Belém do Pará.

DOI: 10.56238/1stCongressSevenMultidisciplinaryStudies-109

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Publicado

2025-08-15