Segurança da informação em saúde digital no pós-operatório: Riscos, legislação e práticas éticas
Palavras-chave:
Segurança da Informação, Saúde Digital, Cuidados Pós-Operatórios, LGPD, Bioética, PrivacidadeResumo
O avanço das tecnologias em saúde digital tem promovido transformações significativas na prestação de cuidados, especialmente no período pós- operatório, ao viabilizar o monitoramento remoto de pacientes, a comunicação contínua entre profissionais e usuários, e o aumento da adesão às condutas terapêuticas. No entanto, esses mesmos avanços introduzem riscos relevantes relacionados à segurança da informação e à privacidade de dados sensíveis, exigindo atenção redobrada de gestores, profissionais e desenvolvedores de sistemas. Este artigo realiza uma revisão integrativa que examina os principais riscos cibernéticos associados ao cuidado digital no pós-operatório, os dispositivos legais aplicáveis, com ênfase na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia (GDPR), e os dilemas éticos que emergem da utilização de tecnologias digitais em contextos clínicos. A análise inclui ainda diretrizes bioéticas que orientam a prática profissional na era digital. Os resultados destacam a urgência de implementação de políticas de cibersegurança, capacitação continuada das equipes de saúde, fortalecimento do consentimento informado e promoção de uma cultura organizacional voltada à proteção de dados. Conclui-se que a humanização do cuidado em ambientes digitais está intrinsecamente ligada à ética da informação e à proteção responsável dos dados dos pacientes.