Floração de Pitaya no cerrado com a aplicação de reguladores de crescimento no final da entressafra
Palavras-chave:
Hylocereus sp, Indução Floral, FrutificaçãoResumo
O cultivo da pitaya tem se expandido no Brasil principalmente pelo valor nutricional dos frutos e com expectativa de ampliação das áreas cultivadas. No entanto, a sazonalidade da frutificação da cultura limita a oferta de frutos entre os meses de maio a novembro no Centro-Oeste brasileiro. Na tentativa de superar essa sazonalidade, avaliou-se os efeitos da aplicação, no final da entressafra, do ácido giberélico (GA₃) e do paclobutrazol, visando antecipar a indução floral e a frutificação da pitaya, assim como para entender o envolvimento da giberelina na frutificação da pitaya. O experimento foi realizado em pomar comercial, com plantas com 19 meses após a implantação. O delineamento foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições e cinco plantas por parcela. Os tratamentos consistiram na aplicação de 0, 75, 150, 300 e 600 mg L⁻¹ de GA₃, além de um tratamento com 100 mg L⁻¹ de paclobutrazol, no dia 07 de setembro de 2023. A pitaya apresentou sensibilidade à aplicação das substâncias. O paclobutrazol inibiu completamente a frutificação, mesmo sob condições ambientais indutivas, evidenciando o papel crucial da giberelina na frutificação da pitaya. As diferentes doses de GA₃ proporcionou diferentes repostas nos picos de floração e frutificação. Independentemente das doses de GA₃ aplicadas, observou-se antecipação da floração em relação às plantas no pomar que não receberam o tratamento com GA3 e de produtores vizinhos. Entre as doses de GA3, não se observou diferenças estatísticas na antecipação da floração. A antecipação da frutificação proporcionada com a aplicação de GA3 no final da entressafra aponta o potencial da aplicação do GA₃ como ferramenta para ampliar a janela de produção, no entanto, é necessário ajustar a dose, época e forma de aplicação para maximizar a eficiência do tratamento.