Apendicite aguda na gestação: Uma revisão integrativa das abordagens diagnósticas e condutas terapêuticas atuais
Palavras-chave:
Apendicite Aguda, Gestação, Diagnóstico, Laparoscopia, Complicações Materno-FetaisResumo
A apendicite aguda na gestação configura uma condição clínica desafiadora, em virtude das alterações anatômicas e fisiológicas maternas que dificultam o diagnóstico precoce. Evidências indicam que métodos de imagem, sobretudo ultrassonografia e ressonância magnética, são fundamentais para a detecção segura da doença, ao passo que a avaliação clínica isolada apresenta baixa acurácia. O tratamento cirúrgico permanece como padrão-ouro, com a laparoscopia destacando-se como técnica segura e eficaz, especialmente quando realizada em contexto multidisciplinar, envolvendo obstetras, cirurgiões e radiologistas. A analgesia adequada e o uso criterioso de antibióticos são medidas indispensáveis para assegurar a segurança materno-fetal. Estudos demonstram que atrasos diagnósticos e comorbidades estão associados a maior risco de perfuração e aumento da morbimortalidade. Nesse cenário, protocolos integrados que combinem avaliação laboratorial, exames de imagem e condutas terapêuticas consistentes podem otimizar o cuidado clínico e reduzir complicações. Conclui-se que o manejo da apendicite aguda na gestação requer diagnóstico precoce, intervenção cirúrgica oportuna e acompanhamento multidisciplinar para garantir melhores desfechos maternos e neonatais.