Doença do refluxo gastroesofágico refratária aos inibidores da bomba de prótons: Estratégias clínicas e intervencionistas atuais
Palavras-chave:
Doença do Refluxo Gastroesofágico, Inibidores da Bomba de Prótons, DRGE Refratária, Monitoramento Esofágico, Procedimentos EndoscópicosResumo
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) refratária aos inibidores da bomba de prótons (IBPs) constitui um desafio clínico relevante, atingindo parcela expressiva de pacientes que não obtêm controle adequado dos sintomas com a terapêutica padrão. Este estudo tem como objetivo revisar as principais estratégias diagnósticas, clínicas e intervencionistas atualmente disponíveis para o manejo dessa condição. Foi realizada revisão narrativa da literatura entre março e setembro de 2025 em bases nacionais e internacionais. A análise destacou o papel da pHmetria-impedância e da endoscopia na diferenciação entre refluxo ácido persistente e sintomas funcionais, bem como a importância da otimização do uso dos IBPs. Entre as alternativas farmacológicas emergentes, os bloqueadores competitivos de potássio, como o vonoprazan, apresentam resultados promissores. Em casos de refratariedade confirmada, intervenções endoscópicas e cirúrgicas, como a fundoplicatura laparoscópica, o sistema magnético LINX e a radiofrequência (Stretta), mostraram eficácia em pacientes selecionados. Conclui-se que a individualização terapêutica, baseada em avaliação diagnóstica precisa e integração entre terapias clínicas e procedimentos intervencionistas, representa o caminho mais consistente para reduzir falhas diagnósticas, otimizar resultados clínicos e orientar pesquisas futuras.