A influência do eixo microbiota–intestino–cérebro na saúde mental e na saúde intestinal

Autores

  • Gustavo Moreira Protásio de Souza
  • Carolina Lessa de Aguiar
  • Yuri Magalhães Guedes
  • Francisco Erick de Soura Portela
  • Gabriel Andrade Dias
  • Elias Rocha de Azevedo Filho
  • Wanderlan Cabral Neves Neves
  • Leila Batista Ribeiro
  • Marcus Vinicius Rodrigues Ferreira

Palavras-chave:

Microbiota Intestinal, Saúde Mental, Eixo Microbiota–Intestino–Cérebro, Dieta, Disbiose, Neuroinflamação

Resumo

Contexto: O eixo microbiota–intestino–cérebro (EMIC) representa uma complexa rede de comunicação que integra sistemas neurais, imunológicos, endócrinos e metabólicos, conectando de forma essencial a saúde intestinal à saúde mental. A literatura científica tem consistentemente evidenciado que a microbiota intestinal desempenha um papel regulador na síntese de neurotransmissores, na modulação da neuroinflamação e exerce influência significativa sobre a função cognitiva e o estado emocional. Objetivo: Este estudo tem como objetivo principal realizar uma revisão crítica e abrangente dos mecanismos biológicos e dietéticos que interferem na funcionalidade do eixo microbiota-intestino-cérebro. Adicionalmente, busca explorar o potencial de intervenções alimentares como ferramentas terapêuticas adjuvantes no manejo de transtornos neuropsiquiátricos. Métodos: Foi conduzida uma análise de evidências científicas publicadas no período compreendido entre 2017 e 2024. As bases de dados consultadas incluíram PubMed, SciELO e Scopus. Os critérios de inclusão contemplaram artigos em inglês e português que abordam a relação entre microbiota intestinal, dieta e saúde mental, priorizando revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos experimentais. Resultados: A análise da literatura destacou o impacto significativo da dieta mediterrânea, do consumo regular de prebióticos e probióticos como fatores promotores da saúde mental através da modulação positiva do EMIC. Em contrapartida, foram observados os efeitos deletérios associados à dieta ocidental, caracterizada pelo alto consumo de alimentos processados, gorduras saturadas e açúcares, sobre a saúde mental, frequentemente correlacionados com disbiose intestinal e aumento da neuroinflamação. Conclusões: A modulação da microbiota intestinal por meio de estratégias dietéticas apresenta-se como uma abordagem promissora e relevante no contexto da saúde mental. A compreensão aprofundada dos mecanismos envolvidos no EMIC é fundamental para o desenvolvimento de intervenções nutricionais personalizadas e eficazes na prevenção e tratamento complementar de transtornos neuropsiquiátricos.

DOI: 10.56238/1stCongressSevenMultidisciplinaryStudies-207

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Publicado

2025-09-23