A persistência da assimetria: Um estudo sobre a participação feminina e a desigualdade salarial na RIDE Petrolina/Juazeiro (2020-2023)
Palavras-chave:
Desigualdade de Gênero, Mercado de Trabalho, RIDE Petrolina/Juazeiro, RAISResumo
Este estudo exploratório analisou, por meio de uma abordagem quantitativa, a dinâmica do mercado de trabalho formal na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) de Petrolina/Juazeiro, com foco na participação feminina e na desigualdade salarial. Utilizando dados secundários da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2020 a 2023, a pesquisa revelou um cenário de alta rotatividade e precarização de vínculos empregatícios. Foi constatado que a participação feminina no mercado formal é de aproximadamente 38,93% e que a remuneração média das mulheres é inferior à dos homens na maioria dos municípios. A sazonalidade e a natureza dos contratos temporários na fruticultura, principalmente no cultivo da uva, contribuem para a subnotificação da mão de obra feminina, o que aumenta a vulnerabilidade das trabalhadoras rurais. Em conclusão, a disparidade salarial é um fenômeno estrutural e persistente que exige a implementação de políticas públicas urgentes para promover a equidade de gênero, a qualificação profissional e ambientes de trabalho mais inclusivos.
