Influência de diferentes técnicas de enxertia óssea na estabilidade primária
Palavras-chave:
(DeCS/MeSH), Enxerto Ósseo, Estabilidade Primária, Implantes Dentários, Osseodensificação, BiomateriaisResumo
Objetivo: Revisar criticamente as evidências disponíveis sobre a influência de diferentes técnicas de enxertia óssea e preparo do leito na estabilidade primária de implantes dentários. Métodos: Revisão narrativa baseada em ensaios clínicos randomizados, estudos prospectivos e retrospectivos, revisões sistemáticas e metanálises publicadas entre 2015 e 2025 nas bases PubMed, Scopus, Web of Science e SciELO. Foram incluídos estudos que avaliaram enxertos autógenos, biomateriais substitutos, técnicas de osseodensificação, piezocirurgia e implantes curtos, com foco em torque de inserção, índice de estabilidade do implante (ISQ) e taxa de sobrevivência. Resultados: Os enxertos autógenos mantêm-se como padrão-ouro pela biologia superior, mas com morbidade significativa. Biomateriais substitutos mostraram resultados comparáveis em estabilidade e sobrevida em elevação de seio maxilar. A osseodensificação evidenciou ganhos em torque e ISQ em ossos tipo III–IV, embora estudos recentes ressaltem controvérsias e dependência do protocolo utilizado. Implantes curtos apresentaram taxas de sobrevivência semelhantes às de implantes longos com enxertia, reduzindo morbidade e custos. Adjuntos biológicos como PRF e concentrados plaquetários mostraram benefícios como coadjuvantes, mas não substituem biomateriais consolidados. Conclusão: A estabilidade primária é influenciada por múltiplas variáveis, e a escolha da técnica deve ser individualizada. As evidências atuais sugerem que biomateriais substitutos, osseodensificação e implantes curtos representam alternativas previsíveis ao autógeno em cenários específicos. Este trabalho reforça a necessidade de abordagens individualizadas e integradas para otimizar a previsibilidade clínica em implantodontia moderna.