Potencial terapêutico das células-tronco na regeneração pancreática: Uma estratégia emergente para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1

Autores

  • Valéria Goulart Viana
  • Rúbia Sousa de Araújo
  • Sarah Santana Gaspar Lima
  • Márcio Eduardo Queiroz Tavares Martins
  • Anypher Gabrielly Franco Rosa
  • Fabiana Cristina Albino
  • Deir Grassi Ribeiro da Silva
  • Murilo Almeida
  • Harrison Oliveira Santiago
  • Julia Vieira Nandi
  • João Victor de Araújo Silva
  • Maria Fernanda Landivar de Morais
  • Thamires Augusta Magalhães
  • Tamara Giovana Mendes
  • David Alberto Cortez Ayala
  • Adriana Telles Régis
  • Ana Claudia Medeiros Vilela
  • Lidiane Indiani
  • Gustavo Vieira Lopes
  • João Victor Teixeira Braga
  • Huri Emanuel Melo e Silva
  • Mário Gabriel Costa Ramos

Palavras-chave:

Células-tronco, Regeneração Pancreática, Diabetes Mellitus Tipo 1, Terapia Celular, Medicina Regenerativa

Resumo

O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células β pancreáticas, resultando em deficiência absoluta de insulina e necessidade de terapia exógena contínua. Apesar dos avanços nas tecnologias de monitoramento glicêmico e nas formulações de insulina, muitos pacientes permanecem fora das metas terapêuticas, reforçando a necessidade de estratégias inovadoras. As terapias celulares baseadas em células-tronco emergem como alternativa promissora, uma vez que apresentam potencial para regeneração pancreática e restauração da função endócrina. O presente estudo constitui uma revisão narrativa da literatura, realizada entre 2020 e 2025, em bases indexadas nacionais e internacionais, com foco no uso de células-tronco embrionárias (hESCs), pluripotentes induzidas (iPSCs) e mesenquimais (MSCs). Os resultados analisados demonstram que hESCs e iPSCs podem diferenciar-se em células β-like produtoras de insulina, enquanto as MSCs exercem papel relevante na modulação imunológica e na proteção do microambiente pancreático. Ensaios clínicos recentes, incluindo protocolos com células derivadas de pluripotentes humanas, já evidenciam secreção mensurável de C-peptídeo e redução parcial da necessidade de insulina exógena, confirmando a viabilidade translacional da estratégia. Contudo, desafios importantes permanecem, como imunogenicidade residual, risco de tumorigênese, imaturidade funcional das células implantadas, necessidade de imunossupressão, além de barreiras econômicas e regulatórias. Conclui-se que a regeneração pancreática mediada por células-tronco representa um campo em rápida evolução, com perspectivas clínicas relevantes, mas que ainda exige estudos multicêntricos de longo prazo, protocolos padronizados de eficácia e segurança, e políticas que assegurem acessibilidade global.

DOI: 10.56238/1stCongressSevenMultidisciplinaryStudies-227

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Publicado

2025-10-02