Implantes curtos versus enxertia óssea: Alternativas para a reabilitação de maxilas atróficas
Palavras-chave:
Implantes Dentários, Implantes Dentários Curtos, Maxila, Enxerto Ósseo, Resultado do TratamentoResumo
A reabilitação de maxilas posteriores atróficas é um desafio devido à reabsorção óssea e à pneumatização do seio maxilar. Tradicionalmente, o levantamento de seio e a enxertia óssea são utilizados para possibilitar a instalação de implantes longos, embora impliquem maior morbidade, custos elevados e tempo de tratamento prolongado. Nesse contexto, os implantes curtos surgem como alternativa menos invasiva. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura comparando implantes curtos e implantes longos associados a enxertia, avaliando taxas de sobrevivência, perda óssea marginal, complicações, tempo clínico, custos e satisfação dos pacientes. Foi realizada revisão narrativa em bases como PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO e Cochrane, incluindo estudos publicados entre 2014 e 2025. Os resultados demonstram que implantes curtos apresentam taxas de sobrevivência equivalentes às dos implantes longos, com vantagens adicionais relacionadas à menor morbidade, redução do tempo cirúrgico e impacto econômico favorável. Contudo, em casos de atrofia severa, nos quais a altura óssea residual é inferior a 4 mm, os procedimentos de enxertia continuam sendo necessários para garantir estabilidade primária. Conclui-se que os implantes curtos constituem uma opção previsível, segura e custo-efetiva para a reabilitação de maxilas atróficas, desde que indicados de forma criteriosa.