PERDA AUDITIVA EM CONSEQUÊNCIA A INFECÇÃO POR MENINGITE BACTERIANA
Palavras-chave:
Meningite Bacteriana, Perda Auditiva Neurossensorial, Sequelas, Inflamação Coclear, Reabilitação AuditivaResumo
A meningite bacteriana é uma infecção grave das meninges, frequentemente causada por Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae, que pode evoluir com sequelas neurológicas significativas, sendo a perda auditiva uma das mais prevalentes e incapacitantes. Este estudo tem como objetivo analisar os mecanismos fisiopatológicos, as consequências clínicas e as estratégias preventivas e terapêuticas relacionadas à perda auditiva decorrente da meningite bacteriana. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases SciELO e PubMed, abrangendo publicações entre 2013 e 2024. A perda auditiva pós-meningite, predominantemente do tipo neurossensorial, decorre de processos inflamatórios intensos que comprometem as estruturas cocleares e o nervo auditivo, podendo evoluir para fibrose e ossificação coclear. O diagnóstico precoce, por meio de triagem audiológica com emissões otoacústicas e potenciais evocados, é essencial para minimizar sequelas. O uso adjuvante de corticosteroides pode reduzir o risco de perda auditiva, embora seus resultados ainda sejam controversos. A vacinação contra os principais agentes bacterianos permanece a medida preventiva mais eficaz. Conclui-se que a vigilância audiológica e a atuação multidisciplinar são fundamentais para o manejo e reabilitação dos pacientes acometidos.