Hipertensão arterial resistente: Eficácia da espironolactona e terapias atuais emergentes no manejo farmacológico
Palavras-chave:
Hipertensão Resistente, Espironolactona, Antagonistas de Mineralocorticoide, Finerenona, Denervação Renal, Inibidores de SGLT2Resumo
A hipertensão arterial resistente (HAR) é uma condição multifatorial de difícil controle clínico, associada a elevada morbimortalidade cardiovascular e desafios terapêuticos persistentes. Este estudo teve como objetivo revisar criticamente as evidências científicas disponíveis sobre a eficácia da espironolactona e o papel das terapias farmacológicas emergentes no manejo da HAR. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, abrangendo publicações indexadas nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO e Cochrane Library, no período de 2015 a 2025. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas, metanálises e diretrizes clínicas que avaliaram intervenções farmacológicas aplicadas ao tratamento da HAR. A amostra final foi composta por 27 estudos de alta qualidade metodológica. Os resultados demonstraram que a espironolactona permanece como o fármaco de quarta linha mais eficaz, com redução média de 8 a 13 mmHg na pressão sistólica e benefícios significativos no controle pressórico refratário. Os antagonistas não esteroidais do receptor de mineralocorticoide, como a finerenona e a eplerenona, apresentaram eficácia comparável e melhor perfil de segurança. Além disso, terapias emergentes, como os inibidores de SGLT2, bloqueadores duplos de receptores de angiotensina e neprilisina (ARNIs) e a denervação renal, mostraram potencial complementar no controle pressórico e na proteção cardiovascular. Conclui-se que a espironolactona mantém-se como o tratamento farmacológico de referência para HAR, enquanto novas terapias ampliam as perspectivas de manejo personalizado e integrado, reforçando a necessidade de abordagens multidisciplinares e de estudos comparativos de longo prazo.