Cartórios na era digital: Entre a eficiência da blockchain e os riscos da LGPD – Um debate urgente para políticas públicas

Autores

  • Thales Cavalcante Linhares

Palavras-chave:

Titulação de Propriedade, Segurança Habitacional, Regularização Fundiária, Inclusão Social, Políticas Públicas, Direito à Moradia

Resumo

Este estudo investiga, sob uma abordagem interdisciplinar, de que maneira a formalização da moradia — concretizada por meio da titulação de propriedade atua como vetor de segurança social para famílias brasileiras. A partir de revisão bibliográfica, análise documental e sistematização de dados empíricos recentes (IPEA, IBRADIM, FGV, 2022–2024), demonstra-se que a regularização fundiária contribui significativamente para a redução da insegurança habitacional (−65%), para a valorização dos imóveis (+35%) e para a ampliação do acesso ao crédito formal (+73%). O estudo contrasta realidades de moradias formalizadas, como aquelas vinculadas ao programa Minha Casa, Minha Vida, com assentamentos informais, evidenciando que a existência de matrícula imobiliária está associada à menor exposição a despejos, maior investimento doméstico (+43%) e maior engajamento comunitário (+31%). Conclui-se que a titulação de propriedade opera como mecanismo estruturante de inclusão social, reforçando o direito constitucional à moradia e exigindo a articulação de políticas públicas integradas, como o Programa de Regularização Fundiária Urbana (Reurb), para garantir o acesso equitativo à habitação digna e segura.

DOI: 10.56238/1stCongressSevenMultidisciplinaryStudies-312

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Publicado

2025-11-13