GRAVIDEZ ECTÓPICA NÃO TUBÁRIA: REVISÃO SISTEMÁTICA DE CASOS RAROS E ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS

Authors

  • Henrique Pedrosa Andrian
  • Rodrigo Chrastello
  • Pedro Lucca Macedo Oliveira
  • Caroline Carrasco Antunes

DOI:

https://doi.org/10.56238/

Keywords:

Gravidez Ectópica não Tubária, Gravidez Esplênica, Gravidez Intersticial, Cicatriz de Cesárea, Diagnóstico, Tratamento

Abstract

OBJETIVO: Analisar os principais aspectos da gravidez ectópica não tubária, com foco em localizações raras como gravidez esplênica, intersticial, retroperitoneal e em cicatriz de cesárea, abordando os métodos diagnósticos e terapêuticos disponíveis. METODOLOGIA: Revisão sistemática baseada em oito estudos completos extraídos de artigos científicos publicados entre 2020 e 2024, incluindo relatos de caso, revisões sistemáticas e meta-análises. Os critérios de inclusão foram: artigos em inglês, português e espanhol; disponíveis na íntegra; que abordassem diretamente o diagnóstico, tratamento ou evolução clínica de gestações ectópicas não tubárias. Foram excluídos artigos duplicados, resumos sem dados clínicos e estudos que não tratavam diretamente das variantes analisadas. RESULTADOS: A gravidez ectópica não tubária representa um desafio clínico significativo, com risco elevado de morbidade e mortalidade materna. As formas raras, como a gravidez esplênica e retroperitoneal, exigem diagnóstico por imagem avançada (TC, RM) e intervenção cirúrgica imediata em casos de instabilidade. A gravidez intersticial pode ser tratada com protocolos medicamentosos combinando metotrexato e mifepristona, enquanto a gravidez em cicatriz de cesárea demanda abordagem individualizada, incluindo embolização arterial uterina e excisão guiada por imagem. A cirurgia laparoscópica demonstrou superioridade em tempo operatório, recuperação e taxa de complicações em comparação à laparotomia. CONCLUSÃO: A identificação precoce e o manejo adequado das gestações ectópicas não tubárias são fundamentais para reduzir a mortalidade materna e preservar a fertilidade. A padronização de desfechos clínicos e o desenvolvimento de diretrizes específicas são essenciais para orientar condutas clínicas e aprimorar os resultados terapêuticos.

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Published

2025-11-21