DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE ESTRATÉGIAS DE TRIAGEM E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

Resumen

Objetivo: O escopo primordial do presente trabalho acadêmico consiste em realizar uma análise minuciosa da produção científica contemporânea concernente aos métodos de triagem empregados para a identificação precoce e tempestiva da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ). Ademais, objetiva-se investigar de maneira aprofundada os recursos terapêuticos e as abordagens clínicas disponíveis na atualidade para o manejo e tratamento eficaz dessa afecção ortopédica, com vistas à promoção da saúde musculoesquelética na população pediátrica. Metodologia: A etapa metodológica deste estudo foi conduzida mediante a realização de buscas sistematizadas em bases de dados científicas de reconhecida relevância internacional, a saber: PubMed Central (PMC) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Para a delimitação do corpus documental, foram empregados seis descritores específicos, combinados por meio do operador booleano “AND”, quais sejam: Developmental Dysplasia of the Hip, Orthopedics, Clinical Diagnosis, Risk Factors, Pediatrics e Signs and Symptoms. A partir dessa estratégia de busca, foram inicialmente identificados 200 artigos científicos, os quais foram submetidos a rigorosos critérios de elegibilidade e seleção. Após a aplicação dos filtros estabelecidos, foram selecionados 16 estudos que atenderam aos requisitos metodológicos e temáticos pertinentes à investigação proposta. Resultados: A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) configura-se como a enfermidade congênita de maior prevalência no âmbito do sistema musculoesquelético entre neonatos. Trata-se de uma condição clínica que abrange um amplo espectro de manifestações patológicas, cuja evolução, quando não adequadamente diagnosticada e tratada, pode culminar em complicações significativas. Entre estas, destacam-se lesões secundárias na estrutura femoral, degradação progressiva da cartilagem articular e, em casos mais graves, comprometimento substancial da mobilidade articular, com repercussões funcionais duradouras. Conclusão: A triagem clínica da DDQ revela-se uma estratégia vantajosa quando comparada à ausência de qualquer forma de rastreio, tanto sob a perspectiva da economicidade quanto no tocante aos desfechos clínicos positivos. O protocolo terapêutico destinado ao tratamento da DDQ apresenta variações conforme dois parâmetros fundamentais: a faixa etária do paciente e o grau de severidade da patologia. Em lactentes com idade inferior a seis meses, recomenda-se a aplicação de órtese de abdução, associada ao monitoramento da evolução clínica por meio de exames ecográficos seriados. Na eventualidade de ausência de resposta satisfatória ao tratamento conservador, torna-se necessária a intervenção cirúrgica, com vistas à correção anatômica e funcional da articulação acometida.