ENDOMETRIOSE: INTERFACES IMUNOLÓGICAS, MICROBIANAS, REPRODUTIVAS E TERAPÊUTICAS EM UMA REVISÃO SISTEMATIZADA DA LITERATURA

Autores

  • Augusto dos Reis Rosa
  • Manoela Ribela Pimentel Mendes
  • Julia Andrade de Oliveira
  • Caroline Carrasco Antunes

DOI:

https://doi.org/10.56238/

Palavras-chave:

Endometriose, Infertilidade, Inflamação, Microbiota, Biomarcadores, Terapias Hormonais, Diagnóstico Precoce

Resumo

Objetivo: Este estudo tem como objetivo central revisar e integrar a produção científica recente sobre a endometriose, com foco nas interfaces imunológicas, hormonais, microbianas e reprodutivas da doença, além de identificar estratégias terapêuticas emergentes e biomarcadores promissores para diagnóstico precoce. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática baseada em 24 artigos selecionados a partir da base de dados PubMed, utilizando descritores combinados com operadores booleanos: (Endometriosis) AND (Infertility) AND (Inflammation) AND (Microbiota) AND (Treatment). Os estudos incluídos abordam aspectos clínicos, moleculares e terapêuticos da endometriose, com ênfase em dor pélvica, infertilidade, inflamação crônica, disbiose vaginal, endometrite crônica e comorbidades autoimunes. Resultados: A endometriose é caracterizada por uma resposta inflamatória persistente, disfunção imunológica e evasão imunológica das lesões ectópicas. Macrófagos M2, células NK disfuncionais e linfócitos T ativados contribuem para a progressão da doença. A disbiose vaginal e endometrial está associada à vaginose bacteriana, endometrite crônica e infertilidade. Biomarcadores moleculares, como microRNAs e exossomos, apresentam potencial para diagnóstico precoce e estratificação personalizada. As estratégias terapêuticas incluem tratamentos hormonais convencionais (progestagênios, agonistas de GnRH), moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs), fitoterápicos e antibióticos em casos com endometrite crônica. A medicina de precisão e a modulação da microbiota surgem como abordagens promissoras. Conclusão: Conclui-se que a endometriose é uma condição multifatorial e sistêmica que exige uma abordagem interdisciplinar e personalizada. O reconhecimento das suas múltiplas interfaces — imunológica, microbiana, hormonal e reprodutiva — é essencial para o desenvolvimento de terapias mais eficazes, para o diagnóstico precoce e para a melhoria da qualidade de vida das pacientes. A integração de biomarcadores, terapias inovadoras e estratégias de medicina de precisão representa uma perspectiva otimista para o controle da doença.

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Publicado

2025-11-21