O RELÓGIO IMUNOLÓGICO: COMO O ENVELHECIMENTO REDUZ A DEFESA DO ORGANISMOS E COMO PODEMOS DESACELERÁ-LO

Resumen

A imunossenescência relaciona-se ao declínio gradual da função do sistema imunológico associado ao envelhecimento. Esse processo contribui para o aumento da suscetibilidade a infecções, menor resposta vacinal e maior incidência de doenças inflamatórias e neoplásicas em idosos. Entre os principais fatores causadores estão alterações quantitativas e funcionais nas células T e B, o acúmulo de células senescentes, inflamação crônica de baixo grau ("inflammaging") e desequilíbrio na produção de citocinas. Os avanços na medicina vêm proporcionando estratégias promissoras de enfrentamento. Entre os métodos clínicos emergentes destacam-se o uso de senolíticos (drogas que eliminam células senescentes), moduladores imunológicos, e terapias baseadas em células-tronco e microbioma. Além disso, a personalização vacinal para idosos tem sido estudada com foco em aumentar a eficácia imunológica nessa faixa etária. Paralelamente, intervenções no estilo de vida demonstram forte impacto na atenuação da imunossenescência. A prática regular de exercícios físicos, especialmente os de intensidade moderada, melhora a resposta imune e reduz marcadores inflamatórios. A alimentação balanceada, rica em antioxidantes, fibras, vitaminas (como A, C, D, E) e ômega-3, também desempenha papel central na modulação da imunidade e na proteção contra o envelhecimento imunológico. Portanto, a combinação de abordagens clínicas inovadoras com hábitos saudáveis representa a estratégia mais eficaz e sustentável para mitigar os efeitos da imunossenescência e promover envelhecimento saudável.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.020-003