COMPLICAÇÕES IMEDIATAS NA FASE CIRÚRGICA ASSOCIADAS À IMPLANTODONTIA: CAUSAS E MANEJOS

Resumen

A implantodontia é uma área que tem sido cada vez mais utilizada como opção para a reabilitação oral de pacientes edêntulos. Contudo, o procedimento cirúrgico de instalação de implantes dentários osseointegráveis também apresenta riscos de complicações imediatas durante sua execução. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as principais complicações imediatas que podem ocorrer na fase cirúrgica dos procedimentos em implantodontia, destacando suas causas e os manejos adequados para sua resolução. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com buscas realizadas nas bases de dados digitais PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Implante Institute, Revista Odonto Ciências, Google Acadêmico, Journals IWW e Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences (BJIHS), abrangendo o período de 2004 a 2024. Ao todo, foram selecionados 18 estudos para a análise. Os resultados demonstraram que diversas complicações podem ocorrer durante o procedimento, as quais podem ser classificadas em complicações envolvendo tecidos moles, como hemorragias, lesões nervosas, enfisema tecidual, aspiração ou ingestão de instrumentos cirúrgicos e lesão da glândula salivar sublingual; e complicações envolvendo tecidos duros, como posicionamento ou angulação inadequada do preparo do leito do implante, lesão em dentes adjacentes, fratura de mandíbula atrófica, ausência de estabilidade primária, perfuração do seio maxilar e da fossa nasal, penetração do implante na região posterior da mandíbula, superaquecimento das estruturas ósseas, perfuração da placa cortical e basal, além de deiscência ou fenestração óssea. Tais complicações possuem causas multifatoriais e podem estar relacionadas tanto a falhas no âmbito profissional quanto a condições específicas do paciente. Em relação ao manejo, este é variado, dependendo da natureza da complicação, da região afetada e da gravidade do quadro. Assim, conclui-se que o cirurgião-dentista atuante na área de implantodontia deve possuir ampla capacitação e adotar protocolos rigorosos, incluindo planejamento prévio detalhado da cirurgia e boas práticas de segurança, a fim de minimizar tais ocorrências, além de conhecimento aprofundado sobre o manejo das possíveis complicações, de modo a agir prontamente para tratá-las e evitar agravamentos.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.014-002