TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): ASPECTOS COMPORTAMENTAIS E GENÉTICOS

Autores

  • André Marcelo Lima Pereira
  • Pedro Henrique da Silva Liberato
  • Júlia Vilas Boas Covizzi
  • Alba Regina de Abreu Lima
  • Jessica Gisleine de Oliveira
  • Uderlei Doniseti Silveira Covizzi

Palavras-chave:

Neurodesenvolvimento, Desatenção, Herdabilidade TDAH, Epigenética TDAH

Resumo

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ocorre durante o neurodesenvolvimento, sendo mais comum na infância e adolescência, mas podendo perdurar até a fase adulta. Está normalmente associado a sintomas que envolvem problemas familiares e escolares, resultados psicológicos negativos com risco aumentado para distúrbios de personalidade e psicóticos. Indistintamente podem apresentar sintomas de desatenção, enquanto que em outros há predominância da impulsividade e inquietação. O diagnóstico normalmente é realizado na infância, sendo dificilmente validado antes dos cinco anos de idade por apresentar sinais ainda inespecíficos. Existe a tendência que na adolescência a hiperatividade e compulsividade diminuam, embora a desatenção persista. Os problemas de linguagem e aprendizado são considerados como comorbidade comuns ao TDAH nessa fase. Em adultos é recorrente a dificuldade no diagnóstico pelo não reconhecimento do problema, muitas vezes pela confusão dos sintomas com falha de personalidade devido a queixas emocionais. O TDAH é considerado um transtorno multifatorial e heterogêneo, tendo contribuição hereditária e ambiental que interferem no neurodesenvolvimento. Existem fortes indicativos de contribuição genética dessa condição, entre 70 – 80% de herdabilidade. Estudos moleculares de associação de genes candidatos e de meta-análise indicam a participação dos genes dos receptores de dopamina (D4 e D5), além do gene COMT, que codifica a enzima catecol-O-metiltransferase, responsável pela degradação das catecolaminas. Patrões epigenéticos de metilação de genes dopaminérgicos, serotoninérgicos, neurotrófico e o do receptor do fator de crescimento nervoso parecem estar associados aos diferentes sintomas e gravidade do TDAH. O diagnóstico é estritamente clínico, com embasamento nos sintomas comportamentais de desatenção, impulsividade e hiperatividade.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.015-004 

Publicado

2025-05-20

Como Citar

Pereira, A. M. L., Liberato, P. H. da S., Covizzi, J. V. B., Lima, A. R. de A., de Oliveira, J. G., & Covizzi, U. D. S. (2025). TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): ASPECTOS COMPORTAMENTAIS E GENÉTICOS. Seven Editora, 44-66. https://sevenpubl.com.br/editora/article/view/7178