REFLEXOS PSICOLÓGICOS DA MALFORMAÇÃO FETAL PARA REDE DE APOIO: PERSPECTIVA DA GESTANTE
Palavras-chave:
Malformação Fetal, Rede de apoio, GestantesResumo
Introdução: A malformação fetal consiste em uma alteração funcional, orgânica ou genética no feto e pode ser identificada antes do nascimento, permitindo assistência precoce. Sua ocorrência gera angústia na gestante ou no casal e demanda preparo familiar para a chegada de um bebê que necessitará de cuidados especializados, muitas vezes intensivos, cirúrgicos e, em alguns casos, paliativos. Objetivo: Analisar, sob a perspectiva da gestante, os reflexos psicológicos que a malformação fetal gera em sua rede de apoio. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem qualitativa desenvolvido em ambulatório de Gestação de Alto Risco e em setor de exame ultrassonográfico de um hospital-escola materno infantil de uma cidade do interior do estado de São Paulo. O estudo foi conduzido com 11 gestantes em acompanhamento com equipe de Medicina Fetal por diagnóstico de malformação fetal. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico, obstétrico e familiar e entrevista estruturada aberta, analisada por Análise de Conteúdo. Resultados: Os resultados evidenciaram o perfil sociodemográfico, obstétrico e familiar das participantes, bem como cinco categorias temáticas elaboradas a partir da análise dos relatos. Concluiu-se que, na maioria dos casos, a rede de apoio foi capaz de fortalecer a gestante, mas em outros, foi identificado fragilidade. Foram identificadas dificuldades de adaptação da rede de apoio diante de malformações externas/visíveis e síndromes genéticas. Os relatos evidenciaram estratégias de enfrentamento compartilhadas como religiosidade, relação médico-paciente e assistência em saúde de qualidade. Além disso, a maioria das participantes relatou ocupar um papel fundamental na redução de fantasias angustiantes relacionadas à malformação fetal, favorecendo a integração entre o bebê idealizado e o bebê real no grupo familiar. Por fim, o estudo ressalta a importância da presença da rede de apoio em consultas e exames do pré-natal, assim como o uso de tecnologias leves na assistência em saúde materno-infantil.
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