JUSTIÇA CLIMÁTICA NA AMAZÔNIA URBANA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DAS VULNERABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS E O PAPEL DA COP30 EM BELÉM

Resumo

Este ensaio teórico examina criticamente as vulnerabilidades socioambientais em áreas urbanas da Amazônia, com foco em Belém e na próxima COP30. A região amazônica, vital para o clima global, enfrenta desafios crescentes devido às mudanças climáticas e à expansão urbana desordenada. A justiça climática é imperativa para garantir a equidade na distribuição dos ônus e benefícios das políticas climáticas, especialmente para populações marginalizadas desproporcionalmente afetadas. A urbanização amazônica, impulsionada pelo desmatamento e pela migração, cria cidades com infraestrutura precária e alta exposição a eventos climáticos extremos. A COP30 em Belém é uma oportunidade única para reorientar as discussões climáticas globais, integrando perspectivas locais e as necessidades das comunidades amazônicas. Argumentamos que a vulnerabilidade socioambiental em Belém reflete desigualdades históricas e estruturais que limitam a adaptação e a resiliência. Propomos uma estrutura analítica para compreender a intersecção entre justiça climática, urbanização e vulnerabilidade na Amazônia, enfatizando abordagens participativas e justas para as políticas. Preenchemos uma lacuna na literatura, concentrando-nos na dimensão urbana da crise climática na Amazônia, oferecendo insights para a governança climática e o desenvolvimento urbano sustentável. Concluímos que a COP30 deve catalisar ações concretas para promover a justiça climática, a resiliência urbana e a proteção dos direitos das comunidades vulneráveis na Amazônia urbana, transformando o discurso global em soluções localmente relevantes e equitativas.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.029-040