UNINDO DISCIPLINAS PARA INOVAÇÃO EM SAÚDE: APRIMORANDO A COLABORAÇÃO NA MEDICINA TRANSLACIONAL
Palavras-chave:
Medicina Translacional, Colaboração Interdisciplinar, Tradução do Conhecimento, Inovação Biomédica, Integração de Partes InteressadasResumo
A medicina translacional promete acelerar a conversão de descobertas científicas em soluções práticas para a saúde. No entanto, a colaboração interdisciplinar — particularmente entre pesquisadores básicos, clínicos e partes interessadas da indústria — continua repleta de desafios que frequentemente dificultam esse progresso. Este estudo visa explorar as barreiras subjacentes que impedem a sinergia efetiva entre esses atores e identificar estratégias que facilitem o engajamento interdisciplinar produtivo. Foi empregado um delineamento de pesquisa qualitativa, utilizando uma abordagem fenomenológica interpretativa para obter insights aprofundados sobre as experiências das partes interessadas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com representantes da academia, da prática clínica e das indústrias biomédicas em diversas instituições. A análise temática foi aplicada para examinar padrões, tensões e pontos de convergência dentro dos processos colaborativos. Os resultados revelam que os principais obstáculos à colaboração incluem cronogramas desalinhados, diferenças epistemológicas, estruturas de recompensa incompatíveis, lacunas de comunicação e conhecimento limitado dos caminhos regulatórios e de comercialização. Apesar desses obstáculos, surgiram diversos modelos bem-sucedidos, como papéis de liderança intersetoriais, estruturas compartilhadas de governança de projetos, plataformas de dados integradas e protocolos cocriados. Essas abordagens possibilitaram maior confiança, transparência e alinhamento de resultados. O estudo conclui que a sinergia interdisciplinar na medicina translacional não é simplesmente uma questão de co-localização ou objetivos compartilhados, mas depende de sistemas intencionais de coordenação, alfabetização mútua e liderança translacional. Pesquisas futuras devem explorar os efeitos longitudinais de modelos de colaboração incorporados e desenvolver métricas para avaliar a eficácia interdisciplinar em todos os pipelines translacionais.
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