AUTONOMIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: REFLEXÕES A PARTIR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA E DO MUNDO DO TRABALHO

Resumo

O artigo analisa a cidadania da pessoa com deficiência intelectual a partir da garantia de direitos fundamentais como a educação e o trabalho, entendidos como pilares para a construção de autonomia e inclusão social. Fundamentado em um recorte teórico de pesquisa de doutorado, o texto aborda como a mudança de paradigmas culturais e legislativos contribuiu para reconhecer a dignidade e o valor dessas pessoas, favorecendo a formulação de projetos de vida que respeitem suas especificidades. A discussão parte da compreensão de que educação e trabalho não apenas garantem direitos, mas também conferem sentido existencial e inserção plena na sociedade.

No eixo da educação, o artigo percorre marcos históricos, desde os primeiros movimentos clínico-pedagógicos no século XIX até as políticas públicas contemporâneas que consolidaram a educação inclusiva no Brasil. Destaca-se a transição de modelos segregacionistas para um sistema educacional que busca atender à diversidade humana em suas múltiplas formas de aprendizagem. Apesar dos avanços legais, o texto reconhece desafios persistentes na efetivação da inclusão, sobretudo quanto ao acesso, permanência e sucesso escolar da pessoa com deficiência, revelando uma exclusão muitas vezes silenciosa e estrutural no cotidiano das escolas.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.011-080

_{[1]Este capítulo representa uma revisão do estudo “Autonomia e adultez da pessoa com deficiência intelectual a partir da inclusão escolar e no mundo do trabalho” publicado nos Anais do V Congresso Internacional de Educação Inclusiva – V CINTEDI, ocorrido em Campina Grande - Paraíba entre 12 e 14 de junho de 2024 e representa um recorte teórico da pesquisa em andamento no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia – PPGEduC/UNEB.}