USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) ENTRE TRABALHADORES FRENTISTAS DO DISTRITO FEDERAL: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, AVALIAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA

Autores

  • José Maria Viana dos Santos
  • Luciana da Cunha Freitas
  • Márcio Nakanishi

Palavras-chave:

Equipamentos de Proteção Individual, Frentistas, Saúde do Trabalhador, Exposição Ocupacional, Benzeno

Resumo

Introdução: A exposição ocupacional a vapores de combustíveis, especialmente ao benzeno, representa um risco grave à saúde dos trabalhadores frentistas. A proteção com mais efetividade depende do uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), conforme normas regulamentadoras vigentes, combinado com outras ações para proteção da saúde, como monitoramento ambiental, vigilância da saúde do trabalhador e práticas seguras no ambiente de trabalho.

Objetivo: Avaliar o perfil sociodemográfico dos trabalhadores frentistas do Distrito Federal e analisar criticamente o uso de EPIs, especialmente a proteção respiratória, no contexto da exposição ocupacional.

Métodos: Estudo observacional, transversal, realizado com 116 trabalhadores de postos de combustíveis. Foram aplicados questionários estruturados e testes de olfato utilizando dispositivo digital de Cheiro. Observações diretas complementaram a análise. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, em conformidade com os preceitos éticos para pesquisas envolvendo seres humanos.

Resultados: Foram visitados 51 postos de gasolina. Foi constatada baixa utilização de EPIs, sendo o uniforme (fardamento) o único equipamento visualizado em 100% dos participantes (n=116). Máscaras, luvas, aventais impermeáveis e protetores auriculares não foram observados. Apenas 2,6% (n=3) dos frentistas relataram utilizar algum tipo de EPI contra gases ou partículas. A maioria dos frentistas (62,8%; n=71) reconhece a importância dos EPIs, mas não os utiliza por ausência de fornecimento. A máscara foi mencionada por 40 participantes como o item mais necessário, seguida da combinação máscara e luvas (24 participantes), e outros EPIs como óculos, tampões auriculares e máscara química foram mencionados por apenas 3 participantes. A falta de sinalização de segurança foi frequente nos postos, especialmente em relação aos riscos do benzeno.

Conclusão: A ausência de EPIs adequados e de algumas sinalizações nos postos de combustíveis evidencia descumprimento das normas de segurança, aumentando o risco de agravos à saúde dos trabalhadores. Recomenda-se intensificar a fiscalização, a capacitação e o fornecimento obrigatório de EPIs

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.029-019

Publicado

2025-07-29

Como Citar

dos Santos, J. M. V. ., da Cunha Freitas, L. ., & Nakanishi, M. . (2025). USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) ENTRE TRABALHADORES FRENTISTAS DO DISTRITO FEDERAL: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, AVALIAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA. Seven Editora, 283-291. https://sevenpubl.com.br/editora/article/view/7666