A PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA EM RELAÇÃO À SAUDE MENTAL DA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIAc

Resumo

A saúde mental da população privada de liberdade representa um dos maiores desafios da saúde pública, considerando a vulnerabilidade social, o estigma e a negligência institucional que cercam essa população. Esse estudo teve como objetivo descrever e refletir sobre a percepção dos acadêmicos de medicina em relação à saúde mental da população privada de liberdade, com base em uma experiência prática realizada em uma unidade de detenção, destacando os principais desafios enfrentados, os aprendizados adquiridos e as implicações para a formação médica e para o exercício profissional humanizado. Trata-se de um relato de experiência vivenciado por discentes do curso de Medicina no Projeto de Atenção Integral à Saúde Prisional e Internação Socioeducativa – PAISPIS. Os acadêmicos puderam observar o funcionamento dos atendimentos em saúde mental e dialogar com profissionais de saúde atuantes no local. A atividade permitiu reconhecer a importância da escuta ativa, da empatia e do respeito à dignidade humana como princípios fundamentais no cuidado às pessoas privadas de liberdade. Conclui-se que a vivência contribuiu significativamente para a formação crítica dos acadêmicos, estimulando reflexões sobre a atuação médica em contextos de exclusão social. Ressalta-se a necessidade da inclusão de temas como saúde mental e da população privada de liberdade na formação médica, visando a construção de uma prática ética, sensível e socialmente comprometida.

DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2025.031-018