SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO E VARIAÇÕES ANATÔMICAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Palavras-chave:
Síndrome do Túnel do Carpo, Nervo Mediano, Artéria Mediana Persistente, Variação Anatômica, Neuropatia Mediana, Síndrome de CompressãoResumo
A Síndrome do Túnel do Carpo (STC), neuropatia compressiva mais comum dos membros superiores, resulta da compressão do nervo mediano, manifestando-se com dor e parestesia. Sua etiologia é multifatorial, com maior prevalência em mulheres e idosos. Variações anatômicas intrínsecas, como o nervo mediano bífido (NMB), a artéria mediana persistente (AMP) e músculos anômalos, podem predispor ou agravar a STC. O NMB refere-se à divisão do nervo mediano, frequentemente associado à AMP, um vaso embrionário cuja persistência demonstra aumento microevolucionário na população. A AMP é considerada fator de risco compressivo, embora seu papel protetor na perfusão nervosa seja debatido. Músculos anômalos, como o transverso do carpo hipertrofiado, também contribuem para a compressão. A coexistência de múltiplas variações é comum. Sintomas clássicos da STC podem apresentar manifestações atípicas em presença de anomalias. O diagnóstico é clínico, complementado por exames. A Eletroneuromiografia (ENMG) é o padrão-ouro. A Ultrassonografia (USG) e a Ressonância Magnética (RM) são cruciais para identificar variações anatômicas, otimizando o planejamento pré-operatório.O tratamento varia entre conservador e cirúrgico. A descompressão cirúrgica, preferencialmente por via aberta em casos com anomalias, permite visualização direta, proteção das estruturas e minimização de lesões iatrogênicas. A identificação pré-operatória das variações é, portanto, vital para a segurança e eficácia cirúrgica. Em conclusão, o reconhecimento das variações anatômicas é fundamental no manejo da STC. O diagnóstico preciso via exames de imagem permite um planejamento terapêutico personalizado, otimizando resultados e segurança do paciente.
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