SONO, ANSIEDADE E USO DE REDES SOCIAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: INTERCONEXÕES E DESAFIOS NO CUIDADO CONTEMPORÂNEO

Autores

  • Maxsuel Nunes da Silva
  • Fabrício da Silva Santos
  • Diana Sayuri Barbosa Ono
  • Mareilce Tatiane Oliveira Lopes
  • Rafaela Oliveira de Paula
  • Cezar Leon Neto Neto
  • Beatriz Rebouças da Cruz
  • Geizebelk Domenighini
  • Jéssica de Carli Pinto
  • Adriana Cavalcante Lima

Palavras-chave:

Sono, Ansiedade, Redes Sociais, Adolescente, Saúde Mental, Tecnologia Digital

Resumo

Introdução: Os distúrbios do sono e os transtornos de ansiedade têm se tornado cada vez mais frequentes entre crianças e adolescentes, refletindo as mudanças comportamentais e tecnológicas da sociedade contemporânea. O uso excessivo de redes sociais, especialmente no período noturno, tem se destacado como fator de risco significativo para a fragmentação do sono, a redução da melatonina e o aumento do estado de alerta. Esse cenário contribui para o agravamento de sintomas ansiosos e depressivos, configurando um ciclo de retroalimentação entre privação de sono, ansiedade e hiperconectividade digital.

Objetivo: Analisar, por meio de revisão narrativa da literatura, a relação entre distúrbios do sono, ansiedade e uso excessivo de redes sociais em crianças e adolescentes, identificando suas causas, consequências e estratégias de manejo descritas na literatura recente.

Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa realizada nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS e PsycINFO, abrangendo publicações entre 2015 e 2025, nos idiomas português, inglês e espanhol. Utilizaram-se os descritores sleep disorders, anxiety, social media, children e adolescents. Foram incluídos estudos com foco na população infantojuvenil e na relação entre sono, ansiedade e uso de tecnologia. A análise temática agrupou os achados em três eixos: causas e mecanismos, impactos psicossociais e estratégias de manejo.

Resultados: Os estudos revisados apontam que a exposição noturna às telas e o uso compulsivo de redes sociais reduzem a duração e a qualidade do sono, além de aumentar significativamente os níveis de ansiedade. Adolescentes com uso digital intenso apresentam até 2,5 vezes mais risco de desenvolver sintomas ansiosos e depressivos. A privação de sono prejudica a regulação emocional e o desempenho cognitivo, enquanto a ansiedade reforça comportamentos de vigilância e dependência digital. Intervenções baseadas em higiene do sono, educação digital e terapia cognitivo-comportamental mostraram-se eficazes para reduzir esses impactos.

Conclusão: Conclui-se que a interação entre sono, ansiedade e uso de redes sociais na infância e adolescência é multifatorial e bidirecional. A promoção do uso consciente da tecnologia, o fortalecimento dos vínculos familiares e a implementação de políticas públicas de educação digital são medidas essenciais para prevenir disfunções emocionais e preservar o bem-estar das novas gerações na era digital.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.036-021

Publicado

2025-10-28

Como Citar

Silva, M. N. da, Santos, F. da S., Ono, D. S. B., Lopes, M. T. O., Paula, R. O. de, Neto, C. L. N., Cruz, B. R. da, Domenighini, G., Pinto, J. de C., & Lima, A. C. (2025). SONO, ANSIEDADE E USO DE REDES SOCIAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: INTERCONEXÕES E DESAFIOS NO CUIDADO CONTEMPORÂNEO. Seven Editora, 409-423. https://sevenpubl.com.br/editora/article/view/8337