MUSICOTERAPIA, IMPROVISAÇÃO E ESCUTA: UM ESTUDO SOBRE PRÁTICAS CRIATIVAS CENTRADAS NO SOM
Palavras-chave:
Musicoterapia, Improvisação Musical, Orientação MusicocentradaResumo
Este artigo apresenta reflexões e resultados de uma pesquisa conduzida com o Coletivo Sonus, grupo composto por seis musicoterapeutas que, ao longo de 2024, reuniram-se mensalmente para realizar práticas de improvisação musical livre seguidas de debates reflexivos. Teoricamente fundamentado na orientação musicocentrada, em autores como Nordoff e Robbins (1977), Zuckerkandl (1973) e Rudolf Steiner (2012), o estudo articula os conceito de experiência (Bondía, 2022) e de criatividade musical (Schafer, 2011). O estudo investigou as percepções e transformações subjetivas dos participantes ao vivenciarem a improvisação como fenômeno relacional e terapêutico. Os dados foram coletados por meio de gravações e transcrições das discussões realizadas em grupo focal, e analisados segundo a técnica de análise de conteúdo (Bardin, 2011). A análise revelou quatro categorias temáticas centrais: (a) senso de liberdade criativa; (b) superação lúdica do erro; (c) audição acurada; e (d) consciência sobre si. Os resultados apontam para a expansão da compreensão musical dos participantes, para a superação de paradigmas estéticos hegemônicos e para o fortalecimento dos processos terapêuticos mediados pelo som através da improvisação. A prática improvisacional revelou-se espaço privilegiado para a realização de experiências significativas, nas quais escuta, criação e subjetividade se entrelaçam, contribuindo para o aprofundamento clínico e formativo em musicoterapia.
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