DOPING COGNITIVO EM ESTUDANTES DE MEDICINA: IMPACTOS NA CONCENTRAÇÃO E DESEMPENHO ACADÊMICO
Palavras-chave:
Estimulantes do Sistema Nervoso Central, Metilfenidato, Transtornos Relacionados ao Uso de SubstânciasResumo
Introdução: O uso de psicoestimulantes por estudantes de medicina tem ganhado atenção devido às pressões acadêmicas e à busca por melhor desempenho cognitivo. Estudos indicam prevalências variáveis e potenciais riscos à saúde, mas faltam sínteses abrangentes sobre seu impacto real.
Objetivo: Avaliar o impacto do doping cognitivo no desempenho acadêmico e na saúde mental dos estudantes de medicina.
Método: Revisão integrativa utilizando 16 artigos científicos (2015–2025), selecionados por abordarem padrões de uso, motivações e consequências do consumo de psicoestimulantes em estudantes de medicina de diversos países.
Resultados: A prevalência variou de 2,9% (metilfenidato não prescrito) a 57,4% (incluindo cafeína e energéticos). As principais motivações para o uso foram: melhora da concentração, redução do sono e pressão acadêmica. No entanto, nem sempre há melhora objetiva, pois se constatou médias de notas menores entre usuários: 7,92 vs. 8,80 em não usuários. Também se verificou a presença de efeitos adversos (taquicardia, insônia), agravamento de ansiedade/depressão e uso combinado com álcool.
Conclusão: O uso de psicoestimulantes não melhora o desempenho acadêmico de forma consistente, mas apresenta riscos significativos. Estratégias como gestão do sono, suporte psicológico e revisão curricular são alternativas urgentes para reduzir a dependência dessas substâncias.
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