SIMULAÇÕES COMPUTACIONAIS COMO REPRESENTAÇÕES DA REALIDADE: ANÁLISE FILOSÓFICA E IMPLICAÇÕES PARA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Palavras-chave:
Simulações Computacionais, Representação da Realidade, Filosofia da Tecnologia, Inteligência Artificial, Gêmeos DigitaisResumo
O uso de simulações computacionais tornou se central em diversos campos científicos e tecnológicos. Além de viabilizarem a modelagem de sistemas complexos e a predição de comportamentos, as simulações alimentam algoritmos de aprendizagem por reforço, gêmeos digitais e protótipos interativos. Contudo, quando essas simulações são empregadas para representar ou recriar a realidade, emergem problemas filosóficos relativos à natureza da representação, à diferença entre aparência e realidade e aos limites do conhecimento. Este artigo, de natureza teórico exploratória, examina criticamente as simulações computacionais como representações da realidade, articulando tradições filosóficas clássicas e contemporâneas. À luz de autores como Platão, Aristóteles, Kant, Descartes, Baudrillard, Heidegger, Putnam, Bostrom, Winsberg, Turing, Searle e outros, analisa se a relação entre imitação e original, a distinção entre fenômeno e coisa em si, o papel dos signos na construção da realidade, as hipóteses céticas e a crise da representação na era da técnica. Em seguida, o texto discute implicações para a inteligência artificial (IA), especialmente no contexto de algoritmos de aprendizagem e gêmeos digitais. Reflete-se que simulações não são meras cópias, mas construções mediadas por teorias, signos e tecnologia, exigindo reflexão epistemológica e ética sobre seu uso em IA.
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