EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ESTUDANTES INDÍGENAS NO AMAZONAS
Palavras-chave:
Educação Indígena, Trajetórias Escolares, Cartografia Decolonial, Mobilidade Restrita, AmazôniaResumo
Este artigo analisa as trajetórias escolares de 50 estudantes indígenas matriculados na primeira turma da Licenciatura Intercultural Indígena da UEA–Polo Tefé (AM), com foco nas etapas da Educação Infantil, Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio. Adotou-se uma abordagem qualitativa de estudo de caso, utilizando formulário online com perguntas fechadas e abertas. A partir da análise de conteúdo, investigou-se se os estudantes frequentaram escolas indígenas ou não indígenas, suas multilocalidades formativas e as redes de acesso à educação. Identificou se que a maioria completou toda a escolarização no mesmo município ou comunidade, resultando em trajetórias com mobilidade geográfica restrita, o que impede a produção de mapas de fluxo com significado espacial. Em contrapartida, foi possível caracterizar os tipos de escola, as dificuldades enfrentadas (infraestrutura precária, discriminação, defasagem na merenda), e compreender os sentidos atribuído pelos próprios sujeitos ao seu percurso educativo. Os resultados cumprem parcialmente os objetivos: identificam os tipos de escola frequentados e as condições vivenciadas, mas não permitem mapear fluxos territoriais. A discussão dialoga com referenciais decoloniais, epistêmicos situados e pedagogia crítica, apontando para a importância de uma educação intercultural que considere mobilidades simbólicas e afetividade com o território. Os achados contribuem para subsidiar políticas públicas e práticas formativas voltadas à educação escolar indígena na Amazônia.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Edilza Laray de Jesus

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.