POTENCIAL NEFROPROTETOR DA SEMAGLUTIDA EM PACIENTES COM DIABETES TIPO 2 E DOENÇA RENAL CRÔNICA: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS
Palavras-chave:
Semaglutida, Doença Renal Crônica, Doença Renal CrônicaAgonistas do GLP-1, Nefroproteção, AlbuminúriaResumo
A doença renal crônica (DRC) é uma das complicações mais prevalentes e impactantes do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), estando associada a altos índices de morbimortalidade. Embora terapias tradicionais, como os inibidores do SRAA e os inibidores de SGLT2, ofereçam benefícios reconhecidos, ainda há significativa progressão da DRC em muitos pacientes. Nesse cenário, a semaglutida, um agonista do receptor GLP-1, tem se destacado por seus potenciais efeitos nefroprotetores além do controle glicêmico.Este artigo tem como objetivo revisar criticamente as evidências científicas atuais sobre os efeitos renais da semaglutida em pacientes com DM2 e DRC. Trata-se de uma revisão narrativa baseada em ensaios clínicos, estudos observacionais, análises mecanísticas e meta-análises publicadas entre 2018 e 2025. Os principais achados apontam para benefícios significativos na redução da albuminúria, estabilização da taxa de filtração glomerular (TFG), menor progressão para insuficiência renal terminal e redução de eventos cardiovasculares.Os mecanismos subjacentes envolvem modulação hemodinâmica glomerular, efeitos anti-inflamatórios e antifibróticos, e melhora na sensibilidade à insulina. A consistência dos dados em diferentes contextos clínicos reforça o papel emergente da semaglutida como agente cardiorrenal. Conclui-se que a semaglutida representa uma abordagem terapêutica promissora, com potencial para transformar o manejo da DRC em pacientes com DM2.
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