UBERIZAÇÃO E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO CAPITALISMO DE PLATAFORMA: DINÂMICAS LABORAIS, SUBJETIVIDADES E ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA
Palavras-chave:
Plataformas Digitais, Precarização Laboral, Resistência Coletiva, Sociologia do Trabalho, UberizaçãoResumo
As transformações ocorridas no mundo do trabalho nas últimas décadas, impulsionadas pelo avanço das tecnologias digitais e pela consolidação das plataformas, têm gerado profundas reconfigurações nas relações laborais contemporâneas. A chamada “uberização” do trabalho, expressão que sintetiza a mediação algorítmica das atividades produtivas e a crescente desresponsabilização empresarial, tem ampliado processos de precarização estrutural. Este artigo tem como objetivo analisar sociologicamente os efeitos das plataformas digitais sobre as condições de trabalho e as formas de organização coletiva dos trabalhadores no Brasil. A pesquisa adota abordagem qualitativa, com base em revisão bibliográfica e análise documental, apoiando-se em autores de referência da Sociologia do Trabalho e em estudos atualizados sobre o capitalismo de plataforma. O estudo evidencia que as plataformas operam sob um modelo organizacional que fragmenta direitos, intensifica a informalidade e dificulta a construção de vínculos profissionais estáveis. Ao mesmo tempo, observa-se o surgimento de formas alternativas de resistência e mobilização, como coletivos autônomos, greves coordenadas e denúncias públicas que desafiam a retórica da autonomia promovida pelas empresas de tecnologia. Constata-se que o fenômeno da uberização não implica apenas uma mudança técnica, mas um projeto político-econômico que demanda novas formas de regulação e enfrentamento.
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