Inclusão de crianças com transtorno do espectro autista na Educação Infantil: Ressignificando o paradigma na formação pedagógica e prática docente
Palavras-chave:
Inclusão, Autismo, Educação Infantil, Formação Docente, Prática PedagógicaResumo
A inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na educação infantil constitui um dos maiores desafios enfrentados pela escola contemporânea. O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a necessidade de ressignificar a formação pedagógica e a prática docente como elementos fundamentais para a efetivação da inclusão desses estudantes. Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica, baseada na análise de publicações acadêmicas, documentos legais e estudos recentes sobre o tema. Os resultados evidenciam que a formação inicial dos professores ainda apresenta lacunas significativas no que diz respeito ao preparo para lidar com as especificidades do TEA. A formação continuada, por sua vez, mostra-se como alternativa eficaz para o aprimoramento das práticas inclusivas, sobretudo quando articulada às experiências cotidianas da escola. No entanto, a formação docente, isoladamente, não garante a inclusão plena. A prática pedagógica requer planejamento intencional, uso de metodologias acessíveis, adaptação curricular e mediação qualificada das interações sociais. Também se observa que a inclusão de crianças com TEA depende de um trabalho coletivo entre escola, família e rede de apoio, além de uma mudança cultural que valorize a diversidade como princípio educativo. A ressignificação da prática docente passa, assim, pela superação de modelos tradicionais e pela construção de uma escola que reconheça cada criança como sujeito singular e capaz de aprender. Conclui-se que a inclusão na educação infantil não é um ato isolado, mas um processo contínuo que exige compromisso institucional, investimento em políticas públicas, suporte pedagógico e formação humanizada dos profissionais da educação.
